Novo oxidante para controle microbiológico em sistemas de resfriamento 486l2t

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Eng. Químico Anderson José Beber

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O controle microbiológico de sistemas de resfriamento é um dos principais pontos de preocupação, conjuntamente com controle de corrosão e controle de incrustação. A formação descontrolada de lama microbiológica é prejudicial não apenas por questão visual: é altamente isolante térmica, reduzindo sensivelmente a agem de calor de importantes equipamentos como condensadores de superfície, trocadores de calor, vasos, etc.

Ao longo do tempo foram aplicados diversos produtos e técnicas para garantir minimização da população de microrganismos, em especial os microrganismos chamados sésseis – que se aderem às superfícies e causam isolamento térmico dentre outros problemas como, por exemplo, corrosão sob depósito. A mais recomendada abordagem é com aplicação tripla de produtos: biocida oxidante, biocida não oxidante e biodispersante.

Quando comparamos as diversas opções técnicas de biocidas oxidantes, cada um deles apresenta pontos positivos e negativos de sua aplicação. Os mais comuns são os chamados biocidas oxidantes fortes, como os que apresentam cloro (gás cloro e hipoclorito de sódio), dióxido de cloro, bromo, peróxido de hidrogênio, etc. Todos são fortemente oxidantes e possuem capacidade de destruição do material biológico. Todavia, a maior parte deles apresenta duas desvantagens: baixa seletividade e alta corrosividade.

Justamente por serem fortemente oxidantes, não possuem seletividade. Ou seja, caso o sistema esteja contaminado com óleo, por exemplo, uma grande quantidade de cloro primeiramente vai reagir com o óleo para somente em seguida destruir o material biológico. A isto chama-se demanda por oxidante. Além disto, por haver necessidade de se manter um alto nível de oxidação pela não seletividade, há invariavelmente a geração de ambiente mais corrosivo a qualquer metalurgia.

A grande evolução em uso de biocidas oxidantes são os considerados biocidas oxidantes moderados. São assim chamados por dois motivos: altíssima seletividade e baixo ambiente corrosivo. Destes podemos destacar a aplicação da cloramina ativada por brometo (BAC – Bromide Activated Chloramine). Este biocida é altamente seletivo e apenas ataca ligações químicas específicas de substâncias utilizadas pelos microrganismos para seu metabolismo, sendo assim, completamente assertivo no combate aos mesmos. Esta seletividade traz uma série de vantagens: menor dosagem, menor nível de oxidação, baixa corrosividade, zero biofilme, sistemas mais limpos, maior troca térmica, custo operacional mais reduzido, etc.

Em uma aplicação em uma planta termelétrica, optou-se pela substituição da tecnologia anterior com hipoclorito de sódio pelo oxidante moderado cloramina ativada por brometo.

A aplicação de cloramina ativada por brometo é largamente aplicada em sistemas de resfriamento de grande porte e com características específicas de controle. Há notada grande vantagem em sistemas onde há grande demanda por cloro, por exemplo, com água de reuso, que possui considerada carga orgânica e possíveis contaminantes como fosfato, amônia, metais, dentre outros.

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