O Globo – Reconstrução em Curso: Engenharia tem queda de alunos nos últimos oito anos e faz MEC planejar reformulação 2i93q

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Engenharia ará por reformulação — Foto: Gustavo Azeredo 253633

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Aspectos como os laboratórios e até o nível tecnológico oferecido pelas instituições arão a ser analisados pelo Inep

 

Por Bruno Alfano

 

Com índices preocupantes de qualidade, os cursos de Engenharia também têm apresentado queda consistente no número de matrículas desde 2015 e, em 2023 (último dado disponível), registraram o menor patamar desde 2011. Por conta desse cenário, a área ará por um processo de reformulação. Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) anunciou a proibição da graduação no formato à distância, num momento em que prepara uma série de novidades na avaliação da área. Aspectos como os laboratórios e até o nível tecnológico oferecido pelas instituições arão a ser analisados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

 

— Faltam profissionais em quantidade e qualificados no Brasil. As nossas universidades não formam os engenheiros de acordo com a demanda de mercado. Isso significa que eles, depois que terminam o curso, ainda precisam ser preparados e am por processos de educação continuada promovida pelas empresas — afirma Vinicius Marchese, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

 

 

Em 2015, ainda antes da forte crise pela qual am as grandes construtoras brasileiras e o fim do boom do setor de petróleo e gás, o país chegou a 1,25 milhão de estudantes de Engenharia. Desde então, só registrou queda, até que, em 2023, ficou com 894 mil.

 

Na avaliação de Marchese, a baixa aprendizagem de matemática no Brasil e cursos obsoletos que, segundo ele, demoram para levar o aluno à prática, contribuem para esse cenário de desinteresse.

— Há uma desconexão das nossas instituições de ensino com essa geração, que é diferente. É preciso atualizar essa aprendizagem — defende. — O Brasil precisa de mais engenheiros. Outros países, como a China, a Índia e até o Peru, têm proporcionalmente muito mais profissionais na área.

Junto com Medicina e Educação, a Engenharia foi elencada como uma das prioridades pelo MEC para receber novos parâmetros de avaliação — algo que, com o tempo, deverá chegar a todas as áreas de conhecimento do ensino superior. A preocupação do Inep é com o fato de que, atualmente, os mesmos instrumentos são utilizados para analisar todas as graduações. A ideia é que sejam criados aspectos mais específicos que o Inep deva observar em cada um para medir a qualidade da oferta das instituições de ensino.

 

No caso da Engenharia, ariam a ser analisados aspectos como laboratórios específicos; ambientes e insumos para o desenvolvimento de projetos; foco em sustentabilidade; conexões do curso com organizações da sociedade relacionadas ao ecossistema da área; apoio à inserção no ambiente profissional; a contribuição dos cursos para a disseminação da STEM (sigla em inglês para os conhecimentos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática) na educação básica; e até a atualidade e o nível da tecnologia disponível para os alunos.

 

De acordo com o Inep, uma comissão foi criada para propor objetos de avaliação específicos e revisar os referenciais de qualidade dos cursos da área. “A ideia é que as comissões avaliadoras também em a observar atributos do processo formativo dos estudantes de graduação que sejam específicos de cada área de formação, para além dos requisitos comuns a todos os cursos (da Engenharia)”, afirma o instituto.

 

O MEC aguardava a do novo marco regulatório da educação à distância, o que aconteceu na última segunda-feira, para a publicação das mudanças na avaliação. A promessa da pasta é a que uma consulta pública será realizada até o fim do semestre, após a entrega das versões finais das propostas.

 

Fonte: O GloboClique aqui para ler a matéria completa. 

 

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