12 de Outubro, Dia do Engenheiro Agrônomo 193t4i

image_pdf

Brasília, 30 de setembro de 2008 2k4z50

 

 


 
Eles são cerca de 240 mil e 50% deles estão desempregados, subempregados ou atuam em outras profissões. Mesmo assim, os engenheiros agrônomos têm muito o quê comemorar na data nacional da profissão, no próximo dia 12 de Outubro.

 

 

Com um mercado de trabalho que nos últimos dois anos aumentou as ofertas em cerca de 10%, os agrônomos recebem em média R$ 3 mil/mês por oito horas trabalhadas. Embora o governo seja o grande empregador, a iniciativa privada também contribui para aquecer o mercado com as cooperativas agropecuárias, empresas de defensivos agrícolas, de alimentos e de agroenergia, usinas de álcool e açúcar.

 

 

Para o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, a agronomia de um modo geral e a agricultura, em particular, “continuarão a fazer do Brasil, a referência mundial como já aconteceu quando foi considerado o maior país agrícola dos trópicos e hoje quando o país continua a produzir cada vez para alimentar os mercados interno e externo de um mundo que enfrenta crise de alimentos”.

 

 

Para Jorge Luis e Silva, coordenador nacional das Câmaras especializadas de Agronomia, o primeiro brinde das comemorações deve lembrar o avanço tecnológico. “Temos a melhor tecnologia do mundo para a produção de frutas tropicais e desenvolvemos variedades resistentes a pragas, doenças e com maior poder de nutrientes. O biodiesel acena como opção de combustível e ainda temos a agroenergia”, lembra Luis e Silva.

 

 

As 140 faculdades de agronomia formam cerca de oito mil profissionais por ano mas Luis e Silva projeta que seriam necessários 16 mil para atender a demanda projetada para daqui a 10 anos.

 

 

Das profissões que oferece grande número de possibilidades – de supervisionar construções para fins rurais até políticas de preservação de meio ambiente, ando pela transformação de alimentos -, a agronomia exige uma formação de cinco anos.

 

 

“Depois de formado, o profissional precisa de dois anos de prática para ser considerado preparado. Ele precisa desse tempo de experiência como se fosse uma residência”, informa o coordenador que defende “uma reforma no currículo base da agronomia com a inclusão demais aulas práticas”.

 

 

Ele completa reforçando a necessidade de atualização. “As necessidades mudam de acordo com o avanço tecnológico e o profissional tem que estar atento. Nesse sentido o Sistema Confea/Crea tem oferecido cursos a distância de educação continuada, o que é um estímulo para muitos agrônomos”.

 

 

Do aipim, abacaxi, caju e cana de açúcar a celeiro do mundo

 

 

Professor da Universidade de Campina Grande, o agrônomo José Geraldo de Vasconcelos Baracuhy, ensina que “o Brasil em termos mundiais é a maior referência na produção agropecuária, já foi considerado o maior país agrícola tropical e hoje domina, entre outras tecnologias, a de adaptação de produtos originários de outros países, além de produção, e produtividade”.

 

 

Diante de um cartaz com fotos de produtos agrícolas, Baracuhy observa que “estamos acostumados há tanto tempo com o café, a soja, o eucalipto, que nos esquecemos que eles não são nativos do Brasil. O agrônomo brasileiro se especializou na adaptação dos chamados produtos exóticos, vindo de outros países”.

 

 

Grande parte dos nossos produtos foram trazidos da Ásia, entre a China e a Índia. Quando Cabral aportou em terras brasileiras encontrou na costa o aipim – com 120 variedades -, a cana de açúcar, o abacaxi e o caju.

 

 

Por volta de 1900, em torno de 90% das exportações brasileiras eram alimentados pelo café e com a crise de 1929, a monocultura termina e o Brasil começa a fomentar a criação de escolas de agronomia.

 

 

“O solo e a tecnologia são uma benção para a agricultura brasileira”, afirma Baracuhy.   “A planta precisa de sol, água e solo, condições em que o Brasil é pródigo. Sem água você até dá um jeito, o solo se corrige, mas o sol não tem tecnologia que substitua. “É essa a dádiva  que gera energia gratuita em praticamente todo o país a maior parte do ano”, agradece o professor.

 

 

Como está o profissional  brasileiro dentro desse celeiro? O professor responde: “Com domínio tecnológico e a agricultura complementar, demos um salto qualitativo. A demanda por profissionais é intensa”.,

 

 

Mas ele concorda com Luis e Silva quanto a formação do agrônomo. “Existem profissionais e profissionais. O agrônomo precisa reciclar seus conhecimentos constantemente. Quando termina o curso já está desatualizado porque o  processo tecnológico é muito rápido. Hoje temos cursos a distância, uma ferramenta fundamental e de fácil o”.

 

 

Curiosidades

 

 

A soja veio da China onde é grão sagrado junto com o arroz, trigo, cevada e o milheto. O eucalipto é da Austrália. O boi é da … . A cabra e a galinha – que os índios não gostaram por conta do cacarejar -, vieram na esquadra de Cabral.

 

 

Os escravos chamavam o caju de árvore milagrosa. Delibilitados pela viagem nos navios negreiros, durante a quarentena a que eram obrigados, comiam a fruta que, rica em vitamina C, repunha energia. 

 

 

O café, originário da Etiópia, chegou ao Brasil pelas mãos da traição. Proibido pela religião mulçumana por ser excitante, o café chegou antes à Europa  através da biopirataria. A França resolveu utilizar a Guiana sa para  plantar o produto. Por volta de 1750, o marquês de Pombal para resolver um  “litígio de fronteira”, manda dois emissários para resolver a questão. Um deles era Francisco Palheta. Desconfiado que os brasileiros queriam, na verdade, roubar mudas da planta, o governador da  Guiana não permite que se hospedem em hotel e nas dependências do palácio a a vigiá-los. Mas uma paixão  repentina rompe o cerco da segurança. Magoada com o marido, a  esposa do governador dá, gratuitamente, para Palheta, algumas mudas de café e até ensina como  cuidar.  O café entra no Brasil pelo Pará e a primeira marca, e que existe até hoje, leva o nome de Palheta.

 

 

Em 1933, um decreto do ex-presidente Getúlio Vargas criou  Conselho Federal e os Regionais de Engenharia, arquitetura e agrimensura. Em 1966, o Congresso Nacional, revogou decretos anteriores e introduziu a profissão de agronomia no lugar de agrimensura, alterando o nome dos conselhos para Conselho Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
Para exercer a profissão é necessário o registro nos Creas que fiscaliza, o exercício profissional, atendendo as normas definidas pelo  Confea.

 

 

Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confe

0 respostas

Deixe uma resposta 313j32

Quer entrar na discussão?
Sinta-se livre para contribuir!

Deixe um comentário y621l

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *